2020 é o Ano Internacional do Enfermeiro

No início de 2019 a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que 2020 seria o Ano Internacional dos Enfermeiros. Ao longo deste ano, a OMS prevê apresentar vários relatórios para celebrar os enfermeiros e apoiar a profissão.

A  Ordem dos Enfermeiros Publicou os seis motivos que  justificam o ano de 2020 como o ano internacional do enfermeiro veja aqui 2020 o ano dos enfermeiros

Os enfermeiros constituem a maioria da força mundial de saúde. Enquanto os médicos recebem grande parte da atenção, especialmente nas nações ocidentais, os enfermeiros e enfermeiros especialistas em Saúde Materna e Obstétrica constituem mais de 50% da força de trabalho na área da saúde em muitos países.

Em Maio de 2020, a OMS vai lançar o seu primeiro relatório sobre o estado da Enfermagem e que “descreverá a força de trabalho de enfermagem nos Estados-Membros da OMS.

Serão publicados dados oficiais mas algumas informações alertam sobre o que será constatado neste relatório;

O Bureau of Labor Statistics (BLS) – dos Estados Unidos da América – prevê que o emprego para enfermeiros registados deverá crescer 12% de 2018 a 2028, muito mais rápido do que a média de todas as profissões. O BLS também prevê que os EUA precisarão de mais 200 mil enfermeiros por ano até 2026, totalizando mais de um milhão de enfermeiros. E este é o exemplo de um país que já tinha uma infra-estrutura de saúde significativamente mais desenvolvida que a de outros países.

Nuno Anjo, manager specialties na Randstad Portugal, afirma que os países do centro da Europa “estão a viver um período de intensa escassez de profissionais de enfermagem”. Falta de profissionais que se justifica através do envelhecimento da população, do aumento da esperança média de vida e da inovação tecnológica na área dos cuidados de saúde. “Este é um tema central nos países europeus, nomeadamente nos mais ricos do centro da Europa”, refere.

A Alemanha destaca a falta de 35 mil profissionais no País e estima-se que até 2030 a falta de profissionais qualificados na área de saúde deve aumentar para um milhão. Destes 165.000 são médicos e 800 mil são  profissionais não médicos. Veja AQUI.

Em 2017, num estudo apresentado em conjunto com a Comissão Europeia, tendo por base a comparação de indicadores de 28 Estados-membros, a OCDE especificava que havia então em Portugal 6,3 enfermeiros por cada mil habitantes, bem inferior à média europeia (8,4) e destacava a urgência de contratar mais profissionais. Também a Espanha, Itália, Eslovénia, Bulgária e Chipre apresentavam rácios igualmente baixos. 

Segundo a Bastonária da Ordem dos enfermeiros, Ana Rita Cavaco,  faltam 30 mil enfermeiros em Portugal e há cada vez mais enfermeiros portugueses a pedir para deixar o país.  De acordo com a Ordem dos Enfermeiros, em 2017, tinham sido registados 1.286 solicitações de certificados de equivalência para exercer no estrangeiro. Em 2018, subiu para 2.736, tendo voltado a disparar em 2019, com 4.506 pedidos verificados. 

O destino dos bilhetes de aviões dos enfermeiros que escolhem ir trabalhar para o estrangeiro já se começa a afastar um pouco do Reino Unido. Há mercados que começam a surgir como opções de “maior segurança”, de “condições de trabalho e de “uma vastidão de oportunidades”, como é o caso da Alemanha, Suíça e Bélgica.

 

Fontes

https://www.ordemenfermeiros.pt/centro/noticias/conteudos/portugal-precisa-de-mais-enfermeiros/

https://read.oecd-ilibrary.org/economics/oecd-economic-surveys-portugal-2019_eco_surveys-prt-2019-en#page29

https://eco.sapo.pt/2020/01/23/pedidos-de-enfermeiros-para-emigrar-mais-do-que-triplicam-em-dois-anos/

https://www.dn.pt/mundo/alemanha-procura-enfermeiros-de-cuidados-geriatricos-e-obstetras-9409665.html

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